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quarta-feira, 31 de agosto de 2011


 

 

Culto de Celebração (28/08/11)
Sexta semana da Ministração da Campanha "O Clamor de Israel"
Ministração: Pastor Edeildo Gomes
Tema: "O clamor do mundo"


TEXTO DA MENSAGEM

TÍTULO DA MENSAGEM: “O CLAMOR DO MUNDO”
SEXTA SEMANA DA MINISTRAÇÃO DA CAMPANHA “O CLAMOR DE ISRAEL”
MINISTRAÇÃO: PASTOR EDEILDO GOMES
CULTO DE CELEBRAÇÃO DA FAMÍLIA
DATA: DOMINGO, 28 DE AGOSTO DE 2011 (28/08/2011)

“O CLAMOR DO MUNDO?
Base(s) Bíblica(s) da mensagem: Isaías 49;4

           
            Quero falar nesta mensagem sobre o clamor do mundo. Falamos nos cinco domingos que se passaram sobre vários clamores: falamos sobre o clamor de Salomão, quando ele clamou e desceu fogo do céu e abençoou a nação de Israel; falamos sobre o clamor de Neemias em que estava o povo de Israel cativo em Babilônia, ele clamou para que Deus restaurasse Israel, Deus ouviu o clamor dele e o enviou para lá; falamos também sobre o clamor de Ana, a mulher estéreo que não conseguia ter filhos e esse clamor foi ouvido por Deus e ela gerou um filho, não um filho comum, mas gerou um homem chamado Samuel, um homem muito especial, o melhor homem que o velho testamento conheceu como exemplo de fidelidade e santidade diante de Deus, um homem que conduziu o seu povo no final da sua carreira, pois ele falou assim: “chama Israel” e perguntou: “tem alguém contra mim, tem alguém neste lugar que pode me apontar pecado e dizer que eu fiz algum mal, por favor, levante sua mão”. Uma nação inteira não pôde levantar a mão para ele, porque ele era um homem fiel, um homem santo e separado, e Deus abençoou Ana; também falamos o motivo de alguns clamores não serem respondidos: o pecado, os problemas, a falta de fé, falamos porque que alguns clamores não são respondidos; falamos também sobre o clamor da libertação, pela necessidade da libertação, para alcançarmos os propósitos, porque muitas vezes, cadeias nos prendem e a benção está em nossa frente, o problema é que quando damos um passo a frente tem uma cadeia, uma prisão nos segurando, nos amarrando para que não alcancemos o que Deus tem para nós. Nesta mensagem, quero falar um contexto totalmente diferente das ministrações dos últimos dias. Nos últimos dias pregamos para você, para que você ouça uma palavra de ânimo, de fé, de fortaleza para sua vida, mas nessa mensagem, o propósito de Deus para o seu povo é que eles olhem para fora de si, olhem para o clamor do mundo.
            Nós vivemos no mundo, e sobre o mundo, Jesus deixa bem claro a separação na Bíblia sobre o que é mundo e o que é terra. Terra é esse globo que nós vivemos, a atmosfera, enfim, o ambiente em que vivemos, mas quando a Bíblia trata da palavra ‘mundo’, Deus esta tratando de um sistema que rege, que dirige as pessoas, que dirige as sociedades, e Jesus disse que “o mundo jaz do maligno”, ou seja, não a terra jaz do maligno, mas o sistema social, cultural, financeiro jaz, ou seja, está sobre o poder do maligno, e quer queira quer não, a humanidade está debaixo desse jugo, dessa opressão, desse poder maligno, do mundo jaz do maligno. A humanidade sofre de uma grande necessidade e, na verdade, nós cristãos temos ficado muito preocupados com o que nós precisamos, com o que nós queremos, com o que Deus tem que fazer conosco, com o que Deus precisa fazer para nós, e esquecemos o que Deus tem que fazer em nós para os outros. Na verdade, tem um texto no livro de Isaías que Deus fala sobre o jejum e ele fala que o povo de Israel estava jejuando e o povo dizia: “olha, não vou mais jejuar, porque Deus não tem respondido os meus clamores, Deus não tem respondido ao propósito do meu jejum, e ai Deus usa Isaías de uma maneira forte e fala assim: “esse povo diz que está jejuando, mas na verdade eles fazem isso para os seus próprios proveitos, para se orgulhar de si mesmo, para se ensorbebecer de si mesmo.
Quando você jejuar olhe para quem está ao seu lado, olhe para os problemas dos outros, porque o texto de Isaías fala no capítulo 58: “quando, então, você começar a ser benção, a tua luz brilhará nas trevas”, e aquilo que para você parecia muito grande, difícil, vai começar a ficar pequeno, porque Deus é galardoador daqueles que o buscam, mas na vida daqueles que permanecem na presença dEle sendo benção, e não apenas querendo ser abençoados. E o mundo clama, há um clamor muito grande no mundo. Jesus falou para os fariseus algo muito forte. Os fariseus chegam para Jesus e diz: “Jesus, que sinal nos dá? Você sabe discernir quando vai chover e quando vai fazer sol”. Jesus diz: “e vocês não conseguem perceber o tempo, não conseguem perceber os sinais do tempo e tudo o que está acontecendo? Nós Mas nós sabemos o que está acontecendo na terra, nos jornais, nas ruas, nos ônibus, nas esquinas, nós encontramos a violência, o mal, o problema, tem jovens totalmente destruídos no seu formato e caráter. Nós sabemos que os sinais dos tempos estão ai.
Há um clamor no mundo, há um clamor no coração do mundo, mas quero falar sobre três principais clamores no coração do mundo que, na verdade, envolve pessoas que vivem neste mundo. O primeiro clamor que o mundo precisa, que o mundo tem feito e não tem encontrado resposta chama-se 1) o clamor do propósito: ou seja, significado. Você tem significado? O que você está fazendo na igreja? São perguntas importantes, porque o nosso tempo é muito precioso, pois cada hora em que vivemos deve ser muito bem aproveitada. Então, se estou na casa de Deus ou em qualquer outro lugar, o que eu estou fazendo? A humanidade carece de propósito, ela não tem mais propósito para viver, e por causa dessa necessidade de propósito, ela tem feito muitas coisas. Muitos têm buscado em todos os lados um propósito para suas vidas, por exemplo, muitos querem encontrar propósito através da religião. Tem gente que vai para Igreja porque quer encontrar propósito na religião. Você não vai encontrar propósito na religião. Nós não pregamos religião, isso aqui não é uma religião, nós não somos religiosos, porque o que a gente ouve é alguém que separa, que exclui, que aponta, que julga, porque o religioso é capa, ele não é interior, ele é exterior, e nós não somos religiosos, mas muitas pessoas vão a igreja porque estão procurando uma religião. O pensamento de muita gente é desta forma: “rapaz, acho que eu tenho que procurar uma religião, porque minha vida está meio sem jeito, vou dar um jeito de procurar uma religião”.
Não, neste caso, você está no lugar errado, porque a igreja do Senhor não é lugar de religião e/ou de religiosos, mas de pessoas que carecem de um relacionamento com Deus, que sabe que Deus quer ter um relacionamento com ela. Outras pessoas procuram propósito e não encontram, e a droga se torna, então, um propósito ou não, mas um preenchimento de vazio sem propósito.
Eu me lembro de um vídeo game, posso contar essa experiência que já fui adolescente. Eu nasci em um lar católico, minha mãe era muito religiosa, meu pai era aquele católico que só ia para a igreja em dia de batizado e dia de ir para a festa. Meu pai era um católico de pé no chão, “perrapado”, só ia lá para fazer alguma coisa oficial. Isso não é criticar outra igreja. Meu pai bebia, fumava muito e traia minha mãe, e eu vivi essa experiência. Meu pai ganhava mais ou menos. Eu não tinha o que eu queria como jovem, mas eu tinha alguma coisa, mas queria um pouco mais, mas infelizmente não podia ter tudo, pois meu pai não podia me dar tudo o que eu queria, mas me dava o que eu precisava. Eu cresci neste lar, e logo, quando meu pai morreu eu tinha 18 anos de idade, e quando ele faleceu, foi um choque muito forte para a nossa família, principalmente para mim porque tiver que assumi a responsabilidade de trabalhar para criar meus irmãos e minha mãe. Eu fui o primeiro da casa a sair para trabalhar para sustentar minha família.
Então, foi um choque muito grande porque eu tive uma vida boa, eu estudava em um bom colégio, tinha comida na mesa, e de repente, sai de alguém que tinha uma vida boa para trabalhar, saindo a partir de 5h da manhã e comendo comida requentada, às vezes, azeda porque não tinha como comprar comida. Aquela situação mexeu muito comigo. Eu comecei a refletir: “o que estou fazendo aqui?”, “que propósito minha vida tem?”, “vim para esta terra só para sofrer?”. Comecei a andar com os colegas. Chegava do trabalho às 6h da tarde e ia ao encontro dos colegas que tinham vida boa e eles iam fumar maconha e ai fui e comecei a experimentar drogas junto com eles para fugir da minha realidade. Eu saia de um ambiente de perturbação para um ambiente de paz. Quando você entra neste mundo, outras drogas são usadas porque alguém oferece as drogas. Todas as vezes que o efeito da droga passava, eu ficava pior, me sentia frustrado. Eu chegava em casa, chorava, perguntando a Deus: O que estou fazendo por mim?” De todos os colegas que eu andava, eu era de maior, lógico que se fosse detido, eu iria ser preso, porque o de maior é o culpado, já os outros com idade menores que a minha recebiam apenas correção. Isto trazia uma angustia muito grande que não sabia o que fazer. Um dia, o diabo chegou ao ouvido e falou assim: “porque você não se mata?” e com isso, tinha uma vida perturbada, as coisas ficaram cada vez piores, porque o dinheiro que ganhava não dava para suprir todas as necessidades, enfim, perdemos e descemos no buraco.
Nesta situação, o diabo falou para mim: “se mata, rapaz, porque é a melhor saída”. De repente, você conhece o outro lado, e quem sabe o outro lado é muito melhor do que esse. Eu pensei assim: “eu não tenho coragem de matar, eu não tenho revolver, ai pensei: “minha mãe tem uns remédios, e ao abrir a gaveta, minha mãe tinha os remédios: “na overdose, esse remédio provoca parada cardíaca e morte”. Eu peguei o pacote de remédio e tomei todo, em seguida, fui para cama deitar. Neste momento fiquei esperando a morte chegar, e era um silêncio tão grande que estava sozinho em casa que eu consegui ouvir os batimentos do meu coração e senti o coração diminuir os batimentos e fui apagando, apagando, não sentia mais as mãos, mas de repente, algo aconteceu do nada, eu era ateu, eu era atoa e todo ateu é alguém decepcionado com Deus, e eu era decepcionado por Deus e por meus pais falei assim: “Deus, não deixa eu morrer”. Foi só a deixa para Deus me resgatar. De repente, eu voltei ao normal, mas na hora achei que aquilo fosse algo natural, mas segui a minha vida, porém dei graças a Deus, mas não fiz nada em relação a Deus por causa disso, e eu dividia o ambiente e sei muito bem dos colegas que eu tinha e os que foram mortos, estão presos, eu fui o único que escapei, porque na época, mesmo sendo de maior, havia algo dentro de mim dizendo: “sai fora, sai porque você vai se perder”.
E foi assim: “eu não quero mais”, e fui me excluindo desses colegas e eles foram entrando mais fundo e mais fundo nas drogas a ponto de traficar, roubar carro para poder comprar as drogas e, daí, serem presos, assassinados e eu como livramento de Deus. Porque falo isso? Porque a humanidade, assim como eu era, não tem propósito. Quando você vê alguém se drogando, dizemos: “mas, pastor, é gente rica”. “E daí?” Dinheiro não é propósito de vida. “Mas, pastor, conheço pessoas que são casadas, a família é uma benção”, mas, infelizmente se drogam. “E daí?” Você vê o externo, mas não vê o interno, você não vê o que está entre quatro paredes. Muitas vezes, aquilo que você acha que é uma benção, é só fachada, e muitas vezes, os jovens não tem referência. Eu fico assustado com o alto índice de divórcio nessa cidade, é assustador, e os que já estão em caminho de divórcio, os que estão frios nos seus corações. Isso tem um impacto profundo nos jovens, nos filhos. Os filhos divorciados são os mais problemáticos do que os filhos de pais que tem um casamento sólido. Isso traz uma destruição tremenda na sociedade e, infelizmente, nosso inimigo sabe disso. Satanás sabe disso, ele sabe que se ele destruir uma família destrói uma sociedade.
Qual o propósito que você vive? Você sabe porque você vive? Você sabe qual é o objetivo porque você está aqui na terra ou na igreja? Qual é o propósito que você tem? Será que você só nasceu para crescer, estudar, trabalhar, casar e depois envelhecer e morrer. É esse o propósito do ser humano? É isso que deixa muita gente frustrada. É isso que você encontra em poetas populares como Raul Seixas, da Bahia, quando ele fala assim: “eu não me sento com o dono do apartamento com a boca escancarada e cheia de dente esperando a morte chegar”. O que ele está falando com este trecho da música? Ele estava falando de propósito de vida. “Eu não quero viver uma vida tão comum de crescer, trabalhar, casar e morrer”. Ele (Raul Seixas) buscou no Rock e nas drogas uma resposta ou uma fuga de propósito. Muitas pessoas procuram no trabalho, trabalham dia e noite buscando uma fuga de propósito, pois com isso destroem o casamento, o relacionamento com os filhos, não tem tempo para ninguém, porque o foco, o propósito dele é trabalhar, trabalhar e trabalhar. As pessoas querem encontram um propósito. Tem aqueles que querem buscar propósito no prazer, seja ele, sexual, no prazer da carne, pessoas que vivem em prol de satisfazerem a sua carne. Isso não é propósito.
            É por isso que a terra, a sociedade é cheia de tribos. Se você vai ao shopping ou em algum outro lugar, você encontra tribos, as tribos dos arrumadinhos e a tribos dos “tô nem ai”, chinelão, largadão, cabelo enrolado, tem a tribo dos que se vestem de preto. O ser humano não percebe, ele tenta ser diferente, mas é igual aos outros. Tem pessoas que se consideram diferentes das outras pessoas, por exemplo, no shopping, mas está no mesmo lugar, no mesmo ambiente que as outras pessoas. Se você é diferente, o que você está fazendo ali naquele lugar? Você vai ao shopping e encontra todo tipo de tribo, fazendo a mesma coisa, se socializando, comendo e bebendo, porque lhes faltam propósito. Qual é o seu propósito? Tudo isso que falei não é propósito, é em vão. Nós não encontramos propósito na nossa existência em nós mesmos, mas em Deus. O seu propósito está em Deus. Você quer saber porque você está aqui na terra, você quer saber porque que você está na igreja ouvindo a palavra. Em 1 Pedro capítulo 2:9 responde isso: “mas vós sois a geração eleita. O que é geração? Passa-se o tempo, seus pais estão envelhecidos ou já morreram, a geração deles já era, há uma nova geração que se levanta e é a geração que você está agora, e nós somos geração eleita, porque você crer em Deus, espera em Deus, você confia em Deus, Deus te elegeu, Deus te escolheu. Somos um sacerdócio real. O que é que um sacerdote faz? Ele oferece adoração, sacrifício ao seu Deus, o sacerdócio real, ou seja, o sacerdote do Rei, você anda do lado do Rei, você serve ao Rei Jesus. Depois, a nação santa. Que nação santa somos nós? Nós somos o povo de Deus, somos a nação de Deus. Povo adquirido. Pra que? Para que anuncieis as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Não sei você, mas eu me lembro o que eu era antes de ser chamado, eu era um miserável pecador. Minha esposa sabe muito bem quem eu era antes de ser um cristão, trai ela muitas vezes, só o amor permitiu que ela não me deixasse. Eu cheguei a fazer pactos com o diabo, com faca na mão e vela acesa e invocava o inimigo, eu era ateu, mas adorava ao diabo. Como alguém pode ser ateu, mas adorar ao diabo? Na verdade, eu não era ateu, eu era alguém ferido com Deus, decepcionado com Deus porque eu achava que Deus era responsável pela morte do meu pai, mas quem matou meu pai foi ele mesmo, o álcool, as farras, o cigarro, e eu achava que Deus era culpado. Deus lhe tirou das trevas, porque todos nós éramos mortos em nossos delitos e pecados, mas o amor dEle por nós nos resgatou para que anunciemos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Se você achava que não sabia o seu propósito exatamente, esse é no geral o seu propósito: anunciar as virtudes daquele que te chama, é glorificar ao nome do Senhor. Este é o seu maior propósito.
Você precisa entender isso muito claramente em sua mente: o seu maior propósito não é trabalhar muito, não é casar, não é ter filhos, o seu maior propósito é anunciar as virtudes do Senhor, as outras coisas Ele preenche em nossas vidas.
O segundo clamor do mundo: um dos maiores clamores do mundo chama-se o clamor da paz. Eu sou do interior do Recife e a cultura do interior de Recife e da capital é muito diferente da cultura de Salvador. A estrutura da cidade de Recife é diferente da cidade de Salvador, por exemplo, Recife cresceu no número de casas espalhadas e Salvador também cresceu vertiginosamente. Um detalhe importante que vejo no Brasil e, especialmente em Salvador, como capital chama-se condomínios. Você percebe que Salvador é cheia de condomínios fechados, bem fechados. Na verdade, o acesso é bem restrito, as pessoas quase não tem relacionamento com seu vizinho. Eu moro já há 1 ano e meio no mesmo lugar onde moro, mas tem uns dois vizinhos lá que eles não querem conversa de relacionamento com ninguém, eles não se misturam, eles entram, parecem que são fantasmas, você não sabe que horas eles chegam e que horas eles saem, não adianta você tentar que eles não respondem, ou se respondem parecem robôs. “Como vai o senhor”, o mesmo responde: “eu te conheço!” é uma frieza profunda. Sabe o que é isso? É alguém que está buscando paz. Quando você vê alguém se isolando, é porque já foi decepcionada, ferida, já foi traída e muitas das pessoas para encontrar paz falam assim: “não me envolvo mais, não me emociono mais com ninguém, não me relaciono mais com ninguém, meu relacionamento agora é “oi, tudo bem, como está”, porque a vida agora é o seu apartamento, a sua TV, a sua vidinha, compra suas coisas, tem o que precisa, é tudo no devido lugar, se alguém chegar em sua casa e mudar tudo, a pessoa fica perturbada: “ah, meu Deus, vai chegar alguém”. É uma vida tão presa, porque elas estão buscando paz. “Eu não quero ser traído, não quero ser ferido, não quero ser decepcionado, eu não quero”. Elas se isolam em seus mundos fechados, porque elas querem paz. Tem pessoas que pensam que se elas ganharem muito dinheiro elas vão montar sua estrutura de vida e vão ter paz e muitos morrem nessa luta por essa paz que eles não encontram porque o dinheiro não é a solução para a paz, na verdade os homens começam guerras pela paz. Quando você entra em um processo você está buscando justiça, porque enquanto você não tiver justiça, você não terá paz. Nós fazemos guerras para ter paz. A verdadeira paz só iremos encontrar em Cristo, não há outro. As pessoas erguem uma fortaleza dentro do seu coração, não casam mais, acham que não dão mais para serem felizes nesse aspecto e aqui em Salvador tenho visto isso tremendamente, são muitas mulheres que estão com o coração duro: “nenhum homem presta, tudo é safado, tudo é vagabundo!” porque há uma ferida. Nós queremos paz. E as pessoas, então, por causa das frustrações se isolam porque elas não querem ser feridas. Neste sentido, quero lançar uma palavra para a igreja: as pessoas procuram a igreja como refúgio, como uma resposta, pois o diabo é sujo, ele conhece o ser humano, e o ser humano quando entra em um ambiente, qualquer ambiente, não precisa ser igreja, toda vez que você entra em um ambiente que não conhece, entra observando os detalhes, não é anormal isso, você está tentando absorver o ambiente e perceber se o lugar é o que é. De repente, a pessoa entra na igreja e pergunta: “será que a igreja é boa?” Ai, olha quem entra na porta da igreja: um infeliz de um cidadão que te deve há mais de 10 anos. Daí, a pessoa chega a seguinte conclusão: “já vi que aqui não presta”. As pessoas procuram na igreja um ambiente de profunda santidade, mas isso é religiosidade, porque igreja não é um lugar só de santidade, igreja é um hospital onde as pessoas entram para serem tratadas. Você precisa entender isso. Você não vai encontrar pessoas perfeitas dentro da igreja, na verdade, é justamente esse o ponto. O que eu mais encontrei em Salvador foi crentes caseiros, crentes que tomam ceia pela televisão, até batizam pela televisão. Qual é a sua igreja? Você não tem comunhão? “Tenho, a televisão, eles batem palma e eu bato palma também”. Está errado!. Igreja é um corpo. A bíblia diz que a igreja é um corpo, não é uma estrutura, é um corpo que se reúne. Sabe um corpo que um é mais largo e o outro é mais magro e quando você encontra você dar uma ‘lixada’, e Deus permite que você encontre pessoas que são o seu inverso, que é o tipo ‘caladão’ ou aquele que é ‘falastrão’. Deus junta você com estes tipos de pessoas para você amar. Você tem que aprender a amar, porque se você amar só o que vos ama ou os que são da sua tribo – “esse aqui é da minha tribo, estamos juntos, aquele lá nem dou a paz, misericórdia”. Não, ai é que nós somos provados no amor, no caráter, transformados quando sabemos aceitar as diferenças que há entre nós. O mundo busca paz, mas a paz só se encontra em Jesus. No livro de João 14:27, Jesus diz: “deixo-vos a paz, a minha paz eu vos dou”. Não sou eu que dou a paz e nem o mundo dá a paz, mas é Jesus quem nos dá paz, receba do Senhor a paz. A paz não está ligada ao propósito do que tenho e/ou do que não tenho, mas de saber que o meu propósito está firme. “Eu nasci, eu existo, eu sou uma benção para anunciar aquele que me chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Somos chamados para ser benção. Não temas, não se atemorize, não se turve o vosso coração, pois Jesus disse: “creia em Deus e creia também em mim, porque na minha casa há muitas moradas, eu tenho um lugar preparado para cada um de vocês”. Mas, o que vocês tem que ser prioritários é lembrar que existe um clamor lá fora, você tem uma paz que o mundo não tem, que muitos preenchem em seus condomínios, com seu trabalho, no mundo das drogas e você tem essa paz, e é isso que você precisa anunciar.            
O terceiro clamor do mundo, e não o menor, isso é um grande alerta para a igreja: o maior clamor da terra hoje chama-se o clamor do amor. Você precisa amar. Mas, o que é o amor? Eu cresci com o entendimento de amor que eu creio que você cresceu com o mesmo entendimento de que o amor é o da televisão, quando o ator pegava a mulher nos braços e dava um beijo nela na intenção de mostrar uma cena romântica de amor, e muitos dizendo: “esse cara sabe amar!” Um amor platônico. Achávamos que amor era isso. Quando encontrei com a minha esposa, eu era ainda jovem. A minha tribo, a tribo dos ‘tô nem ai’. Quando encontrei com a minha esposa em Barreiras, ela trabalhava na mesma empresa onde eu trabalhava com digitação e ela era a chefe do financeiro da empresa, e quando ela me viu falou assim: “vou casar com esse homem!” Eu nem a notei, não vi ninguém. Eu ficava escondido entre os computadores. Era primeiro emprego em Barreiras e eu era de curtição e Célia começou a se chegar e ela mandou um bilhete com os seguintes dizeres: “basta um cantinho e um violão para a gente ser feliz”. O meu entendimento de amor, pra mim, era um negócio profundo. Um mês namorando com ela, ela disse: “eu te amo”, eu respondi: “o quê? Essa mulher é doida!” Ele disse para ela: “você não sabe o que é amor, não!, amor, não sei nem o que amor!” e ela insistiu: “eu te amo”, e ele: “idem” e pra não ficar por baixo, passou um bocado de tempo assim. E neste tempo, eu não sabia o que é amor. Na verdade, só fui saber o que era amor quando eu aceitei a Cristo como meu Salvador, porque ai Deus começou a me revelar o que é o amor. Para saber o que é amor, vamos definir primeiro o que não é amor: amor não é sexo. Tem gente que fala assim: “vamos fazer amor?” Isso não tem nada a ver. O relacionamento sexual é relacionamento sexual, porque as pessoas fazem até com gente que nunca viu, e isso não é fazer amor; amor não é uma paixão, não é algo assim: “uau, que mulher!” – isso é paixão, é uma coisa carnal. Eu posso me apaixonar por qualquer coisa. A paixão é uma coisa momentânea, uma coisa que vislumbra momentaneamente uma aparência para o príncipe encantado, que muitas vezes vira sapo por causa da paixão, porque a mulher até acha o homem de boa aparência, mas quando vai conviver vê um cavalo, de tão bruto que é o homem. Neste caso, a mulher olha para a estrutura externa do pacote, isso não é amor; amor não é sentimento, pois a palavra que define amor é decisão. Eu sou fui entender como é que eu amava Célia a partir dos meus pais, porque quando meu pai traia minha mãe, eu achava aquilo um padrão: ”homem pode, mulher não pode”. E meu pai, antes de falecer, eu tinha uns 18 anos, comprou uma garrafa de bebida e me levou para um lugar e quando chegou no lugar bem distante veio uma menina que tinha uns 14 anos e ao ver a garota meu pai me perguntou: “e ai, gostou?” O pai respondeu: “mas não é para o seu bico, não, é sua irmã”, eu reagi: “hã...”.
Ele teve um caso há 14 anos atrás com outra pessoa, mas na mesma noite, ele me chamou para sair com um bando de mulher e com a outra mulher dele para farra. Eu achava que pelo meu pai, esse era o padrão de amor: “mulher que quer casar comigo, tem que aceitar esse negócio”. Quando Célia casou-se comigo, ela encontrou um baixinho invocado, porque eu queria chegar em casa 4 horas da manhã e ela dava ordem para ficar em silêncio: “cale a boca porque o macho aqui sou eu”. E quando ela brigava comigo, eu “quebrava o pau”, brigava e voltava a beber de novo, porque eu achava que esse era o padrão. Para que eu entendesse o amor, só Deus para me fazer entender o amor. Então, entendi que amar é uma decisão. “Homens, você pode até encontrar mulheres mais bonitas do que sua mulher, com silhuetas mais bonitas que a da sua mulher, as mulheres da mesma forma, podem até encontrar homens mais bonitos que os seus maridos, galãs, educados, mas ai é onde entra o amor, porque o amor é uma decisão. Quando você decide em amar a outra pessoa, você ama nas fraquezas, nas limitações, nos problemas:  “mesmo assim, decidi que você seria a minha amada, o meu amado e eu vou contigo até o fim, se você for comigo até o fim”. Amor é uma decisão de suportar as fraquezas uns dos outros; amor é o que o amor faz – o amor é pratico, o amor exercita, o amor não é parado. Quer a prova de amor? Está em 1 João 4;7: “Amados, amemos uns aos outros, porque o amor é de Deus e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto, se manifesta o amor de Deus para conosco que Deus enviou seu filho unigênito ao mundo para que ele e para que por ele vivamos”. Deus provou o seu amor: ”filho, tu desce lá, você vai sofrer, filho, mas é necessário. Eu vou sofrer, mas é necessário, porque eu amo o ser humano, eu amo a minha criação, desce lá”. Que sacrifício você faz por amor? O que você tem feito por aqueles que você diz que ama? Qual é a tua ação, qual é a sua decisão por aqueles que você fala que ama? Por que o amor é prático. Nunca diga para alguém palavras de que você ama sem que antes você tenha demonstrado em atitudes, porque as pessoas medem as palavras pelas atitudes, pois atitudes definem a palavra. Em 1 Coríntios 3;4 traz uma descrição detalhada de como me relaciono em amor: “o amor é muito paciente e bondoso, nunca é invejoso ou ciumento, nunca é presunçoso ou orgulhoso, nunca é arrogante nem egoísta e tampouco rude. O amor não exige o que se faça que ele quer, não é irritado e nem melindroso, não guarda o rancor e, dificilmente, notará o mal que os outros te fazem, nunca esta satisfeito com a injustiça, mas se alegra quando a verdade triunfa. Nesta parte, vou abrir uma aspa para homens e mulheres: tem um texto que fala que o amor não é irritado e nem melindroso. Aqui abro uma aspa para os homens: “cuidado, homens, que nós somos mais esquentados e, às vezes, palavras ferem as suas esposas”. É comum de nós homens, temos que vigiar isso, de nos irritarmos e respondermos com palavras, mas também fala que o amor não melindroso: e aqui vou para você, mulher: “muitas vezes, a mulher é melindrosa, ou seja, ela birra, as lágrimas vem aos olhos e ela então tenta conquistar, convencer pelo sentimento. Uma dica para as mulheres: “homens não gostam de serem convencidos por sentimentos, mas por argumentos, porque neste aspecto, os homens são mais racionais, enquanto a mulher é mais emocional e cabe a nós, homens e mulheres, chegarmos a um equilíbrio entre a irritabilidade e habilidade, pois os dois tem que ter muito cuidado nisso, porque a mulher precisa entender que às vezes o homem fala, mas não foi com intenção de feri-la e nós, homens, temos que ter a graça, a condição de absorver. Uma coisa que o texto fala para todos é que o amor não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros nos fazem. Uma dica de como aprender a perdoar: Deus nos ensina como podemos perdoar: toda vez que dizemos que alguém nos afrontou ou quando alguém toma alguma atitude que parece uma afronta contra mim, o que eu faço para filtrar é: 1) eu me coloco no lugar da pessoa: em que estado ela está?, como ela estava para fazer aquilo? Estava sob pressão, preocupada, angustiada, porque debaixo de pressão os homens falam o que não querem e quando estamos perturbados nós estouramos e aquilo que é estourado nem sempre deve ser considerado como verdade. 2) Eu preciso entender que se fosse comigo, eu faria o quê? Se eu tivesse feito isso com ela, o que eu iria fazer? 3) Lembro um texto bíblico: “se você não perdoar aqueles que te ofenderam, eu, o Senhor não perdoarei as vossas ofensas. Isso fecha qualquer argumento.
            Quero encerrar lembrando a você que existe um clamor do mundo, um clamor pela paz, um clamor pelo amor e um clamor por propósito. Você já tem propósito, e se você ainda não tem, você precisa buscar o propósito, que é o de glorificar, anunciar as virtudes daquele que lhe tirou das trevas para sua maravilhosa luz. Você já tem uma base que é uma base interna que te garante para a eternidade, vitória, sucesso hoje e para sempre, uma paz que te supre quando você não tem o que você precisa naquele momento, mas a paz vem e te dar condições de você caminhar sem resistências, e o amor já foi derramado em seu coração, porque Cristo habita em nós e aquele que habita em seu coração, que é Cristo, em João diz: “Deus é amor e aquele que tem e pratica o amor é de Deus”. Quero levar você com esta mensagem a acordar. O propósito desta mensagem para sua vida não é olhar para dentro de si, vamos clamar para nós mesmos, olhando para fora, olhando as esquinas, os nossos vizinhos, no trabalho, as pessoas que nós convivemos, pois há um clamor. Nem todas as pessoas que você conhece serão recíprocas ou estão precisando realmente que você interceda por elas, mas uma coisa que aprendi com Deus: “Deus, me usa, me leva àqueles que o Senhor sabe que estão precisando de ti, por aqueles que estão clamando, por aqueles que precisam de algo e por aqueles que não sabem mais o que fazer. Me leva, Deus, a estas pessoas, me faz me encontrar com elas, de abrir um argumento de conversa com elas, que me faça me esbarrar com pessoas carentes, sedentas por uma ajuda, por um socorro do Senhor, que não encontram propósito em suas vidas, que não encontram paz e que não são amadas, eu não quero perder tempo, eu não quero chegar diante de alguém e não agir. Deus, eu não quero pregar o evangelho da condenação, mas o evangelho da salvação. Temos que praticar o amor, o amor não apenas com aqueles que já conhecemos, mas lá fora, no mundo, temos que aprender a amar.

Pastor Edeildo Gomes
E-mail: edeildo_gomes@hotmail.com

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